O QUE A TERRA TEM DO CÉU?

A TERRA É UMA CÓPIA BARATA DO QUE HÁ NOS CÉUS.

Olá amigo leitor! O título da matéria é realmente intrigante e surpreendente no primeiro flash do pensamento; portanto, quero convidá-lo para desvendar esse entrelaçado de informações que se seguirão.

Acredito que, juntos vamos chegar em um denominador comum, e para isso, necessariamente teremos que dissecar e provar das palavras codificadas nos textos bíblicos na tradução King James Atualizada e também a Nova Versão Internacional.
Vamos começar nossa avaliação com um versículo proibitivo, uma norma divina que proíbe copiar, replicar e esculpir qualquer coisa que exista lá nos céus.

Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem esculpida, nada que se assemelhe ao que existe lá em cima, nos céus, ou embaixo na terra, ou mesmo nas águas que estão debaixo da terra. Êxodo 20:4 KJA. (Deut.5-8).

O TABERNÁCULO

De repente, encontramos o tabernáculo e a arca da aliança sendo produzidos sob uma supervisão divina com todos os requintes de detalhes e medidas.

Pelo tabernáculo são vistas “as figuras das coisas que estão no céu” (Hebreus 9.23-24). A morada divina, onde Cristo entrou, “para comparecer por nós perante a face de Deus” (v. 24) foi representada pelo “santuário feito por mãos”, ou seja, o tabernáculo (v. 24, “figura do verdadeiro”). Pela exatidão da figura do tabernáculo do Velho Testamento representar o céu, a verdadeira morada de Deus no céu é chamada “o templo do tabernáculo do testemunho” (Apocalipse 15.5). Como o povo de Deus entrava no tabernáculo, assim, hoje, podemos entrar no céu.

Já de início podemos presenciar pontos conflitantes o suficiente para fazer uma pergunta básica e objetiva: Como pode isso? O mesmo Deus que proibiu é o mesmo que permitiu?

Esses servem num santuário que é representação e sombra daquele que está nos céus, já que Moisés foi avisado quando estava para construir o tabernáculo: “Observai tudo com cautela, para que façais todas as coisas de acordo com o modelo que vos foi revelado no monte”. Contudo, agora, Jesus recebeu um ministério ainda mais excelente que o dos sacerdotes, assim como também a aliança da qual Ele é o mediador; aliança muito superior à antiga, pois que é fundamentada em promessas excelsas. Hebreus 8:5-6 KJA.

Portanto, se fez necessário que as representações das construções que estão no céu fossem purificadas mediante tais sacrifícios, mas os próprios elementos celestiais, por meio de sacrifícios muito superiores a estes. Pois Cristo não adentrou a um santuário erguido por mãos humanas, uma simples ilustração do que é verdadeiro; Ele entrou nos céus, para agora se apresentar diante de Deus em nosso benefício; Hebreus 9:23-24 KJA.

Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem esculpida, nada que se assemelhe ao que existe lá em cima, nos céus, ou embaixo na terra, ou mesmo nas águas que estão debaixo da terra. Êxodo 20:4 KJA. (Deut.5-8).

Com toda a certeza vos asseguro que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado no céu. 
Uma vez mais vos asseguro que, se dois dentre vós concordarem na terra em qualquer assunto sobre o qual pedirem, isso lhes será feito por meu Pai que está nos céus. Mateus 18:18-19 KJA.

A ARCA DA ALIANÇA – PACTO

Origem:

Segundo o livro do Êxodo, a montagem da Arca da Aliança foi orientada por Moisés, que por instruções divinas indicou seu tamanho e forma. Nela foram guardadas as duas tábuas da lei; a vara de Aarão; e um vaso do maná. Estas três coisas representavam a aliança de Deus com o povo de Israel. Para judeus e prosélitos a Arca não era só uma representação, mas a própria presença de Deus.

Construção:

No livro de Êxodo (Êx. 25:10-22) a Bíblia descreve a Arca da Aliança da seguinte forma: caixa de madeira de acácia, com 2 côvados e meio de comprimento (um metro e dez centímetros ou 110 cm), e um côvado e meio de largura e altura (70 cm). Cobriu-se de ouro puro por dentro e por fora, com uma bordadura de ouro ao redor. Êxodo 25:10-16.

Para seu transporte, foi necessário colocar quatro argolas de ouro nas laterais, onde foram transpassados varas de acácia recobertas de ouro. Assim, o objeto podia ser carregado pelo meio do povo.

Sobre a tampa, chamada Propiciatório "o Kapporeth", foi esculpida uma peça em ouro, formada por dois querubins de frente um para o outro, cujas asas cobriam e formavam uma só peça "com" a tampa,a Bíblia não diz que eles estão ajoelhados, e nem que uma asa toca na outra,(Êxodo 25:10-21; 37:7-9). Segundo relato do verso 22, Deus se fazia presente no propiciatório no meio dos dois Querubins de ouro em uma presença misteriosa que os Judeus chamavam Shekinah ou presença de Deus.

A Arca fazia parte do conjunto do Tabernáculo, com outras tantas especificações. Ela ficaria repousada sobre um altar, também de madeira, coberto de ouro, com uma coroa de ouro ao lado.

Somente os sacerdotes levitas poderiam transportar a tocar na arca, e apenas o sumo-sacerdote, uma vez por ano, no dia da expiação, quando a Luz de Shekiná se manifestava, entrava no santíssimo do templo. Estando ele em pecado, morreria instantaneamente.

Função e simbologia:

A partir do momento em que as tábuas dos Dez Mandamentos, a Vara de Arão que floresceu (que não só floresceu mas que também brotou amêndoas) e o pote de maná escondido foram repousadas no seu interior, a Arca é tratada como o objeto mais sagrado, como a própria representação de Deus na Terra. A Bíblia relata complexos rituais para se estar em sua presença dentro do Tabernáculo.

Segundo a Bíblia, Deus revelava-se como uma fumaça que se manifestava com sua shekiná (presença). Tocá-la era um ato tolo, pois quem a tocasse seria morto, razão pela qual existiam varas para seu transporte.

DESVENDANDO A PROIBIÇÃO E A PERMISSÃO.

Em Êxodo 20:4, Deus diz: “Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.”. Porém, vemos que em Êxodo 25.18 Deus manda confeccionar dois querubins para colocar no propiciatório.
Ao se aprofundar e fazer uma leitura cuidadosa em todo capítulo 25 de Êxodo vai perceber os mínimos detalhes na produção da arca e os mais diversos objetos e móveis que formam um ambiente decorado nos padrões por semelhança do céus.

Podemos observar contextualmente e de forma bem clara e objetiva que a preocupação de Deus seria que seu povo se tornasse novamente idólatra após terem deixados os ídolos do Egito. Também sabemos que, quando Ele proíbe e avisa dos perigos era por que já estavam fazendo isso, ou pelo menos propensos para isso.

Êxodo20:5-6 Não te prostrarás diante desses deuses e não os servirás, porquanto Eu, o SENHOR teu Deus, sou um Deus ciumento, que puno a iniquidade dos pais sobre os filhos até a terceira e quarta geração dos que me odeiam, (6) mas que também ajo com amor até a milésima geração para aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos.

Também podemos ver isso quando o próprio Deus disse a Moisés fazer uma serpente de bronze para livrar seu povo da morte. Pouco tempo depois o povo estava idolatrando a serpente de bronze.

A serpente de bronze era uma imagem? Sim, sem dúvidas que era!. Sua construção foi com o objetivo de ser adorada? Não, definitiva não! Ela tinha um objetivo definido por Deus, conforme está no texto:

Disse o SENHOR a Moisés: Faze uma serpente abrasadora, põe-na sobre uma haste, e será que todo mordido que a mirar viverá. Fez Moisés uma serpente de bronze e a pôs sobre uma haste; sendo alguém mordido por alguma serpente, se olhava para a de bronze, sarava.” (Números 21: 8-9).

Após esse episódio, passado um tempo o povo de Deus não havia esquecido que aquele objeto funcionou e por isso deram valor e passaram a idolatrar. Sabia Deus de antemão que isso ocorreria, porém, as paixões terrenas eram mais fortes que ouvir o profeta e obedecer ao Deus poderoso.

Interessante observar que essa serpente de bronze, alguns anos mais tarde, virou um deus para o povo de Israel, que desobedeceu a Deus no uso que deveriam fazer dela. O rei Ezequias, centenas de anos mais tarde a destruiu, mostrando claramente o desagrado de Deus, pois o povo estava quebrando o mandamento adorando essa serpente, e até deram um nome a ela:

“Removeu os altos, quebrou as colunas e deitou abaixo o poste-ídolo; e fez em pedaços a serpente de bronze que Moisés fizera, porque até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso e lhe chamavam Neustã.” (2 Reis 18: 4)

O caso dessa serpente de bronze é bastante claro a respeito do uso correto e incorreto que se pode fazer de uma imagem segundo o mandamento bíblico. Deus lhe atribuiu um uso correto e cunho específico que não quebrava o mandamento. Mas o povo fez um uso diferente transformando-a em um deus, quebrando o mandamento.

Nas passagens bíblicas podemos ver Deus dando liberdade de escolha, aconselhando não fazer e se fizer, apresenta as consequências da escolha contrária. Haja vista os capítulos das bênçãos e maldições declaradas no livro de Deuteronômio 27ae 30  e Levítico 26. Poderia Deus apenas ter fulminado as serpentes? Poderia também deixar que boa parte do povo morresse? Poderia Deus indicar um outro caminho seguro?  Sim! Claro que poderia! Poderia até evitar que as serpentes os picassem.

Perceba que Deus cuidou dos filhos para que eles tivessem vivencia suficiente para transformar o caráter e adquirissem personalidade de varão valorosos. Deus não queria que eles mantivessem a mentalidade de escravos, perdedores e medrosos. O ato de coragem foi requerido dos filhos, um ato de fé e confiança foi requerido, ato que consistia em enfrentar o perigo, a morte e ser salvo pelo confiança em Deus.

PLANOS DE DEUS FORAM FRUSTRADOS?

Será que é possível frustrar algum plano de Deus? Será que é possível Deus desejar algo para alguém e isso não acontecer? Será que os planos de Deus podem ser frustrados? A resposta é sim. A Bíblia está cheia de relatos de algo que Deus desejou para alguém, mas aquilo acabou não acontecendo.

Alguém nesse momento poderá perguntar׃ Mas Deus não tem todo o poder? É evidente que sim, mas a vontade de Deus não se impõe pela força e sim pelo amor.
Infelizmente podemos ver claramente que o povo de Deus se seduzia facilmente pelas crenças de outros povos. Não precisava muito para entrarem numa espécie de encantamento diabólico deixando de lado os feitos e promessas do grande criador.

Ezequiel 20:28-29
...pois quando Eu os fiz adentrar na terra que jurei que lhes concederia, eles não resistiram ao encanto de seus ídolos e transformaram todo monte alto e toda árvore frondosa em altares, e ali ofereciam os seus sacrifícios; faziam suas ofertas pagãs que provocavam a fúria do meu zelo, e ainda queimavam incenso aromático, e derramavam suas ofertas de bebidas.…

Uma vez, Jesus contemplou Jerusalém e disse: “Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram” (Mateus 23.37). Ora, esse texto deixa bem claro que o Senhor quis algo para os seus filhos, mas eles não quiseram. Frustraram os planos de Deus para eles naquele momento.

Ou acreditamos que Deus realmente nos dá liberdade, inclusive de rejeitá-lo, ou de fato não há liberdade alguma e nos transformamos em marionetes, sem nenhum poder de decisão.

O que vejo na Bíblia é um Deus amoroso, sempre tomando a iniciativa, sempre nos cercando, mas sempre esperando, nunca se impondo. Quando nos voltamos para Ele, a esperança de Deus se concretiza, quando o rejeitamos, sua esperança fica frustrada.

Podemos entender que sua esperança se frustra, porém, também sabemos que seus planos não se frustram. Uma coisa é ficar frustrado, outra coisa é ter os planos frustrados e desistir de tudo. Deus jamais desistirá de nós por que seu amor supera toda a nossa ignorância e falta de temor.

CONCLUSÃO.

Assim, creio que está bastante claro que não existe contradição alguma entre o mandamento de Deus e o fato de Deus mandar fazer imagens para alguns fins bem específicos, já que Ele nos conhecer na íntegra e sabe que nossa pequenez de espírito nos leva a ver para crer.

O mandamento sobre não fazer imagens e as adorar permanece até o dia de hoje, faz parte da lei moral de Deus. Devemos ter a compreensão correta dele para não desagradar a Deus. Usar as imagens erroneamente ainda hoje é pecado, é uma ofensa para Deus.

O plano de Deus, o desejo de Deus é que toda pessoa o conheça e desfrute do seu amor. O plano de Deus é que a paz e a justiça sejam estabelecidas na Terra. O chamado de Deus é que queiramos ser participantes de seus planos, para que estes não sejam frustrados.

Jó 42: 1 Então Jó abre seu coração diante de Deus e declara: 2 “Sei que podes realizar tudo quanto desejares; absolutamente nenhuma das tuas ideias e vontades serão frustradas! KJA.

Certamente Deus é 100% correto e bem intencionado com seus filhos, mesmo que nós andemos por caminhos inaceitáveis, ainda que seja no vale da sombra da morte, sua mão nos alcançará e nos removerá do lamaçal quando fizermos menção d’Ele. Mesmo que Ele se frustre em sua esperança, seu plano de nos favorecer não será interrompido por ninguém.

Eclesiastes 3:14 Compreendi ainda que tudo o que Deus faz dura para sempre: ao que Deus criou nada se pode acrescentar, de igual modo, nada se pode subtrair. Esse é o método de Deus para fazer com que a humanidade o ame reverentemente.

Isaías 14:27 Porquanto este é o propósito de Yahweh dos Exércitos; quem pode impedi-lo? Sua mão já está estendida; quem poderá fazê-la recuar?

Isaías 46:10 Desde o princípio anunciei o futuro, desde a antiguidade, aquilo que ainda não acontecera. Eu afirmo: O meu propósito será realizado, certamente farei tudo o que me apraz.


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